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Brasiliense da BSB Motor Racing faz ultrapassagem decisiva na última curva e assume liderança do Brasileiro de Motovelocidade
Fonte: Grelak Comunicação.
A categoria GP Light teve uma corrida conturbada neste domingo (15) na segunda etapa do Moto 1000 GP, em São Paulo (SP). Foram necessárias três largadas para que os pilotos pudessem manter a disputa pela vitória até a bandeirada final no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos. A definição do primeiro lugar aconteceu nos metros finais, com a ultrapassagem do brasiliense Henrique Castro sobre seu conterrâneo Ian Testa.
Castro, que conquistou a pole position com a Kawasaki ZX-10R da BSB Motor Racing, completou duas voltas na liderança – a primeira e a última. Em todas as demais, a liderança foi de Testa, com a ZX-10R da Motonil Motors-PDV Brasil, equipe que também levou Rodrigo de Benedictis ao pódio, em quarto. Ricardo Levy, piloto da 1199 Panigale da Squadra Ducati Ribeirão, foi terceiro. Marcelo Cortes, com a Honda CBR 1000 da Center Moto, o quinto.
A primeira largada teve Testa assumindo a liderança no início. A prova acabou suspensa com a intervenção da bandeira vermelha após três voltas, por conta do acidente que deixou Rafael Bertagnolli desacordado por alguns segundos. O gaúcho da equipe Fábio Loko tocou rodas com Castro na disputa pelo terceiro lugar e sofreu uma queda. A interrupção da corrida teve por fim a viabilização de condições para o socorro médico ao piloto.
O regulamento desportivo determina que, em caso de interrupção de uma corrida até a terceira volta, a disputa seja reiniciada sem cômputo do resultado parcial. Assim, a segunda largada foi dada com o grid reproduzindo a classificação da tomada de tempos. Bertagnolli, Elder Cabreira e Fernando Neiva, que já haviam abandonado após quedas isoladas, e Nicolas Tortone, com a moto danificada em uma queda no warm up, não tomaram parte do grid.
Três voltas após a segunda largada, David Costa teve problemas com a frenagem na aproximação para a curva do Pinheirinho. Ele atingiu a moto de Lucas Teodoro, que ocupava a terceira posição, e os dois saíram da pista. Costa colidiu com violência contra a proteção de pneus e a direção de prova determinou uma segunda interrupção da corrida. Diante desse panorama, o percurso da prova foi reduzido para oito voltas – originalmente seriam 12.
A largada definitiva aconteceu sem Teodoro e Costa, com 28 pilotos na pista. Testa, na segunda volta, conseguiu a ultrapassagem sobre o líder e se manteve à frente até a última volta. Na subida para a reta de chegada, Castro tomou o vácuo da moto do conterrâneo e, assumindo a linha interna na curva da vitória, efetuou a ultrapassagem que definiu sua vitória. A diferença entre os dois brasilienses à linha de chegada foi de 88 milésimos de segundo.
“Eu não tenho uma largada boa, nas três vezes acabei perdendo muitas posições, e naquele toque com o Bertagnolli minha moto ficou um pouquinho empenada. Foi até bom a terceira largada ter sido adiada, houve tempo para a equipe reestabelecer a condição da moto”, contou Castro. “Eu vim estudando o Ian, ele é lá de Brasília, estou acostumado a correr contra ele. Eu não esperava sair daqui como líder do campeonato”, admitiu o brasiliense.
Testa teve um fim de semana de evolução. “Eu não estava conseguindo andar entre os dez primeiros até o terceiro treino livre. No quarto, consegui ficar entre os cinco. No fim das contas, largar em sétimo e terminar em segundo foi maravilhoso”, falou o piloto, confirmando Castro como adversário contumaz. “Eu na verdade nem esperava conseguir liderar a prova, e liderei a primeira e a última, que valeu. Para mim foi algo surpreendente”, admitiu.
A terceira etapa do Moto 1000 GP será disputada no dia 27 de julho em Goiânia (GO), no Autódromo Internacional Ayrton Senna. Em Interlagos, depois de oito voltas, o resultado da categoria GP Light no GP Michelin foi o seguinte:
1º) Henrique Castro (DF/Kawasaki), City Service BSB Motor Racing, 13min52s618
2º) Ian Testa (DF/Kawasaki), Motonil Motors-PDV Brasil,a 0s088
3º) Ricardo Levy (SP/Ducati), Squadra Ducati Ribeirão, a 0s375
4º) Rodrigo de Benedictis (SP/Kawasaki), Motonil Motors-PDV Brasil,a 4s930
5º) Marcelo Cortes (RJ/Honda), Center Moto Racing Team, a 5s045
6º) Maurício Paludete (SP/Suzuki), Sport Plus Racing, a 5s939
7º) Marcelo Skaf (SP/Kawasaki), Motonil Motors-PDV Brasil, a 6s065
8º) Marcello de Souza (SP/Kawasaki), JC Racing Team, a 14s112
9º) Fabinho Adas (SP/Kawasaki), Paulinho Superbikes, a 14s163
10º) Paulinho Kamba (PE/Kawasaki), HPN Racing Team, a 15s182
11º) Fernando Cabral (CE/Kawasaki), Razza Racing Team, a 16s813
12º) Juracy Black Rodrigues (PR/Kawasaki), Black Day Racing Team, a 20s615
13º) Diogo Ramos (SC/Kawasaki), Carlos Barcelos, a 20s667
14º) Alessandro Silva (GO/Kawasaki), City Service BSB Motor Racing, a 24s998
15º) Pedro Barata (RJ/Honda), Center Moto Racing Team, a 28s643
16º) Alen Modesto (BA/Kawasaki), Aclat Racing, a 34s574
17º) Fernando Neiva (PR/BMW), Black Day Racing Team, a 43s424
18º) Francisco Jesuíno (PB/Kawasaki), Aclat Racing, a 45s575
19º) Willians Sales (SP/Suzuki), Motor & Cia Racing Team, a 47s225
20º) Ricardo Hayashi (SP/BMW), Dawnriders Racing Team, a 1min02s150
21º) Gian Filippis (SP/Kawasaki), Wortex Racing, a 1min02s267
22º) Fernando Santos (BA/Kawasaki), Aclat Racing, a 1min02s667
23º) Edson Luiz (SC/Kawasaki), HPN Racing Team, a 1min03s989
24º) Sandro Campos (MS/Honda), Dawnriders Racing Team, a 1min07s444
25º) Herismar Carvalho (SP/BMW), Razza Racing Team, a 1min09s092
26º) Sérgio Prates (SP/Kawasaki), JC Racing Team, a 1min19s111
27º) Carlos Barcelos (RS/Suzuki), Carlos Barcelos, a 1min19s411
28º) Renan Passos (MA/BMW), Aclat Racing, a 1 volta