Praias é o que não falta! Tem de dar com pau como diz o goiano. A mais frequentada é a Prainha, que tem águas calmas por ser protegida pela barreira de coral, onde se localiza o farol.
Texto e fotos: Nilson Silva
Após pesquisar estadia para férias de verão/2013 em Recife, Porto de Galinhas, Tamandaré, João Pessoa, Maragogi e outros, optamos por uma localidade um pouco afastada, porém tranquila e com preço bem mais em conta. Assim chegamos á Baia da Traição-Paraíba, local que ainda não tínhamos ouvido falar e ficamos lá de 17 a 25 de janeiro em uma casa onde podíamos sentir a brisa e ouvir o barulho das ondas se quebrando na areia.
A Palavra Potiguara tem uma importância fundamental para os Baienses, pois é nome da tribo que habitava a região antes da chegada dos conquistadores. Por falar em conquistadores, a Região foi ocupada pelos Franceses no século XVI, que foram expulsos pelos Portugueses em 1585. No ano de 1625 o Almirante Holandês Edam Boudeyng Hendrikson, desembarcou na Baia com uma esquadra composta de 34 navios e 600 homens, que foram recebidos amistosamente pelos nativos e fizeram os Portugueses bater em retirada para a sede Capitania. Os patrícios fugitivos voltaram com apoio e reforço das tropas de Pernambuco e da Paraíba, expulsando os holandeses. Aí a coisa ficou preta pra Potiguarada! Houve execução em massa, mas a soberania lusitana estava restaurada, ora pois!
Em relação á emancipação política a cidade tem uma história de idas e vindas, pois desde 1762 já foi emancipada 3 vezes. A última em 1962, quando foi separada de Maranguape e se tornou município. Aliás, um pequeno Município de aproximadamente 100 Km ² tendo á frente o Oceano Atlântico, á direita, á esquerda e á retaguarda reservas indígenas . Por toda estrada que se anda tem uma placa da Funai de “você não é bem vindo, afaste se forasteiro, pois não pode entrar em reserva indígena”.
Mas não há necessidade de ficar espantado com a “receptividade” das placas. Você não vai encontrar índio de arco flexa, tacape e borduna, nem indiazinha nua, até porque me parecem muito miscigenados e integrados á sociedade local. Achei estranho a existência de várias escolas indígenas, e serviços de saúde indígenas, proporcionados pela Funai. Fico me perguntando se são exclusivos e se os outros cidadãos que pagam os impostos podem usufruir de tais serviços pegos com impostos, que os indígenas são dispensados de pagar. Parece que a igualdade insculpida na Constituição Federal fica um pouco de lado.
Quando você não quiser ficar no hotel ou em casa a noite pode ir ao centro da cidade comprar pão, comer milho assado, tapioca, lanchar, comer pizza ou jantar no restaurante Forasteiro. Vez por outra o pessoal fecha as ruas do centro pra fazer festa. O Centro da cidade tem uma praça muito legal de frente para o mar. De dia tem possibilidade de se conseguir um passeio de bugue. Na praia do Coqueirinho tem passeio de barco pra te levar á reserva do peixe-boi.
Praias é o que não falta! Tem de dar com pau como diz o goiano. A mais agitada é a Prainha, que tem águas calmas por ser protegida pela barreira de coral, onde tem um farol. Entre outras tem também a do Coqueirinho na reserva dos Akajutibiró, onde tem um restaurante muito legal que serve uma peixada deliciosa. Tem a Barra do rio Maranguape e tem um santuário do peixe-boi marinho. Gosta de praia deserta, tranquila ou com pouca gente? Pois então a Baia da Traição é o seu lugar!
Serviço: Existem outros, mas indicamos o Prainha Apart Hotel, localizado na Rua Maria das Dores s/n, fone: (084) 3296 1294. Site:http://www.prainhaaparthotel.com.br/