Keeway 200 custon |
Fonte Fenabrave.
Comentário: Nilson Silva.
A Bramont produz picapes e jipes da marca indiana Mahindra no Brasil desde 2007, mas – em meio a um programa de investimentos próximos a R$ 300 milhões – faz agora o que internamente está sendo considerado como sua efetiva entrada no mercado automobilístico nacional.
As últimas iniciativas da montadora envolvem trabalhos para expandir a capacidade da fábrica instalada na Zona Franca de Manaus (AM), passam pelo desenvolvimento da rede de concessionárias, e incluem a entrada em dois novos segmentos, com a produção de motos – também em Manaus – e de tratores agrícolas em Dois Irmãos, no Rio Grande do Sul.
As metas são ambiciosas, como multiplicar por 17 as vendas de utilitários – cuja média mensal gira ao redor de 30 unidades neste ano -, e estar, em pouco tempo, entre as três maiores fabricantes de motos do país, trazendo da China a marca Keeway.
Para comandar a investida, a empresa contratou em fevereiro o executivo paulista Eduard Roosli, que, antes de assumir a presidência da Bramont, construiu sua carreira na Europa e nos Estados Unidos, com passagens pela Xerox e pela Spectrum Brands, dona da marca de pilhas Rayovac.
A primeira tarefa de Roosli foi readequar a linha de produção de comerciais leves em Manaus, de modo a eliminar alguns gargalos e ampliar sua produção. A fábrica está agora preparada para produzir a um ritmo de 500 carros por mês, considerando apenas um turno de trabalho.
O volume ainda é considerado modesto para um mercado que deve fechar o ano com 749,2 mil utilitários emplacados, segundo projeção da Fenabrave, a entidade que abriga as concessionárias de carros. A própria Bramont reconhece que esse negócio é baseado em pequena escala, cujo objetivo é aproveitar a demanda por transporte em zonas rurais do país.
Contudo, no segmento duas rodas, a empresa pretende chegar com agressividade e está preparando outro galpão – instalado ao lado da fábrica de utilitários – para produzir até 150 mil motocicletas por ano. O foco são os segmentos mais populares: das motos de até 150 cilindradas, que respondem por quase 90% desse mercado