Fonte: Fenabrave
A CR Zongshen, que detém a Kasinski desde 2009, está se preparando para aumentar a produção de sua atual fábrica em Manaus. De acordo com o site do jornal Valor Econômico, um segundo turno de produção começa a operar nos primeiros três meses de 2012. Segundo o presidente da empresa, Cláudio Rosa Júnior, o turno extra permitirá elevar a produção para 10 mil a 12 mil motos por mês.
No primeiro semestre deste ano, a Kasinski já vendeu mais de 26 mil motos, três vezes acima de igual período de 2010. Atualmente, ela ocupa o quinto lugar no ranking de vendas, com 1,4%. Ano passado esse número não chegava a 0,9%.
O aumento da produção servirá também para atender uma nova demanda da empresa, a produção das motos da marca Flash, que serão vendidas na rede Máquina de Vendas, uma holding formada pelas lojas Ricardo Eletro (forte em Minas Gerais), Insinuante (Nordeste especialmente) e City Lar (grande no Nordeste e Centro-Oeste).
A Kasinski é mais um desses complicados frutos da globalização. Em 2009, o empresário Abraham Kasinsky, cansado de olhar para o teto após a venda da Cofap, passou a montar as motocicletas sul-coreanas Hyosung, nas quais colocou seu sobrenome, trocando o “y” final por “i”.
Com as sucessivas altas do dólar no início da década anterior, as motocicletas sul-coreanas ficaram com o preço pouco competitivo ante as nacionais. Naquele momento, a Kasinski começou a trazer da China as motos menores, até 150 cc (a coreana Hyosung Mirage 250 continua sendo nacionalizada até hoje).
A escolha inadequada de projetos e fornecedores chineses e a falta de testes efetivos com essas motos (havia gente na área de desenvolvimento que nem mesmo pilotava motos) comprometeu o futuro da marca. Veio a crise de 2008 e parte do setor, com forte dependência de financiamentos, começou a abrir o bico em 2009. Foi quando Cláudio Rosa Júnior deixou a Sundown, juntou-se à Zongshen (grande fornecedor dessa outra marca) e adquiriu a Kasinski.