A manutenção da estabilidade em 2016, pode representar um gradual fim da queda do mercado de motocicletas no Brasil.
Durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 8 de dezembro, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) divulgou que entre janeiro e novembro de 2015 foram produzidas 1.212.075 motocicletas, volume 15% inferior ao apresentado no mesmo período de 2014 (1.432.842). Na comparação mensal, a queda foi de 28,2%, passando de 104.388 em outubro para 74.972 unidades em novembro. A retração com relação ao mesmo mês de 2014 (121.719) foi de 38,4%.
Já as vendas no atacado – aquelas realizadas para as concessionárias – registraram um recuo de 14,9% no acumulado do ano (1.120.680) em relação aos primeiros onze meses do ano passado, quando foram comercializadas 1.316.289 motocicletas. Na comparação com outubro (91.205), foi registrada uma queda de 22,8% em novembro (70.398). Em relação ao mesmo mês de 2014 (119.803), o recuo de novembro chegou a 41,2%.
No varejo, foi observado um crescimento de 18,4% no volume de motocicletas, passando de 89.020 unidades, em outubro, para 105.371 em novembro. Porém, esta evolução inclui o crescente volume de ciclomotores licenciados desde a mudança na legislação, ocorrida neste semestre e que transferiu para os Estados a competência de efetuar o emplacamento destes veículos, anteriormente atribuída às prefeituras municipais. As chamadas “cinquentinhas”, ou seja, veículos de duas rodas de até 50 cm³, deram um salto de 287% de outubro (4.691) para novembro (18.155), refletindo a nova determinação legal.
Considerando os números atuais, a Abraciclo estima o fechamento de 2015 com uma produção total de 1.270.000 motocicletas e vendas no atacado por volta das 1.210.000 unidades. Para a entidade, as exportações deverão atingir 73.000 motos. No varejo, a estimativa de fechamento do ano envolve 1.255.000 motocicletas.
Já projetando o mercado das duas rodas para 2016, a Abraciclo considera que a produção totalizará 1.280.000 unidades, com 1.220.000 vendas no atacado e 75.000 para exportação. No varejo, é projetada a venda de 1.260.000 unidades. “A entidade considera que estes números – muito próximos dos observados em 2015 – podem representar o gradual fim da queda do mercado de motocicletas”, avalia Marcos Fermanian, presidente da entidade.