Texto: Nilson Silva
Quando eu era menino tinha um “hit” mais ou menos assim: “Na mistura das raças, na esperança que uniu, imenso continente, nossa gente, Brasil”. Claro que era algo meio que de ufanismo, no auge dos anos de chumbo para muitos.
Hoje, uns 40 anos depois concluo que um dos fatores da grandeza de nossa nação é justamente a mistura das raças, a miscigenação, a ausência de guerras tribais e de conflitos étnicos. Temos sim discriminação e necessitamos de instrumentos políticos adequados para corrigí-las, mas como fazer isto?
Nossos antepassados lutaram, deram o melhor de si. Tombaram lutando pelo que acreditavam ser a Pátria do futuro e de certa forma conseguiram incutir estes valores nos seus descendentes.
Nos causam estranheza nos dias hodiernos o descompromisso de setores da sociedade, notadamente dos nossos dirigentes com a unidade e com a Grandeza Nacional. Estamos vivendo uma época de observação, implementação e até sacralização dos “direitos individuais” em detrimento da coletividade.
Não é raro vermos verdadeiros embates entres nossos parlamentares querendo a qualquer custo implantar este ou aquele direito de determinado grupo. Exemplos? Tivemos em um passado recente a tentativa de imposição de um kit sobre direitos dos homossexuais nas escolas públicas de todo o País. Não vemos os parlamentares autores desta proposta apresentando projetos de devoção á Pátria, de se ensinar pelo menos um pouco de civismo para nossas crianças. Nem ao menos hastear a Bandeira e cantar o Hino Nacional.
O país tem sido fatiado longo dos últimos anos. Tem-se erguido verdadeiros guetos em nome dos direitos dos grupos. Desta forma temos as terras e as reservas indígenas onde é estimulado o auto-governo e não se ensina a língua pátria e temos que pagar aos nativos pedágio em estradas Federais. Temos Estados na Região Norte em que mais da metade das terras estão nesta situação. Temos também na mesma linha a estimulação formação de quilombos modernos em nome de uma pseudo reparação do passado.
Esquecem os estimuladores de tais práticas que a Nação Brasileira foi forjada, na união, na mistura das raças, na tolerância, na convivência pacífica e não no ódio nem na segregação racial.
Temos muito a fazer ainda, a conquistar, a reparar, a construir! mas todos juntos, fortes e unidos; Verde amarelo e com todas as cores da nossa gente.
E as duas rodas do título? Pois é!!! Assim como veículo de duas rodas não podemos parar pra não cair. Devemos estar atentos. O Brigadeiro Eduardo gomes disse que “O preço da liberdade é a eterna vigilância”.
Que Deus possa nos abençoar!!!