Cityclass custa R$ 9.390 e traz espaço para capacete sob o banco. Smart 125 sai de linha, mas será substituído por novo produto.
Publicado no portal G1.com em 12/12/2014
Seguindo com investimentos no segmento de scooters, a Dafra lançou oficialmente o Cityclass 200i, com freios CBS de série, na noite desta quinta-feira (11) em São Paulo. Com a expectativa de seguir no rastro do sucesso de Citycom 300i e Maxsym 400i, o modelo custa R$ 9.390, como oG1 já havia antecipado.
De olho em um nicho que segue crescendo no Brasil, na contramão do setor de motos, que está em queda, o presidente da Dafra, Creso Franco, declarou que a marca lançará mais scooters no país, sem detalhar quantos. Para 2015, a empresa prepara um novo scooter de entrada para substituir o Smart 125, que acaba de sair de linha.
“A Dafra vende bem quando entrega mais que a concorrência. O Smart é um excelente scooter, mas os concorrentes também são. Temos que entregar mais, nós precisamos ter um scooter melhor que o das outras marcas. Esse é o pensamento do Cityclass e também vamos voltar com um scooter de menor cilindrada”, afirma Creso Franco, presidente da Dafra.
Por enquanto, o foco da marca será conquistar mercado com o Cityclass, concorrendo com o PCX 150, atual líder de vendas entre os scooters. Para 2015, a empresa pretende vender 3.300 unidades do modelo no Brasil.
Em junho, um incêndio atingiu um galpão da empresa em Manaus, destruindo itens de muitas motos. Além disso, a empresa afirma que procurou abastecer as concessionárias já com peças do Cityclass para estoque para suportar as demandas junto com o início das vendas.
Entre os diferenciais oferecidos pelo Cityclass, estão as rodas “grandes” de 16 polegadas, maiores que as da maioria dos scooters e que trazem mais comodidade e segurança para rodar em pavimentos com irregularidades.
Embaixo do assento o veículo pode levar um capacete de qualquer tipo, mesmo dos maiores, garante a marca. Ainda existem porta-objetos logo abaixo do painel, com fechadura, e uma entrada USB para carregar a bateria de dispositivos eletrônicos. Para levar mais bagagem, existe a possibilidade de acoplar um baú em suporte traseiro, feito especialmente para isso.
Outro detalhe importante é o dispositivo CBS, de frenagem combinada, já presente de série no modelo. A presença do item antecipa a nova exigência do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que obriga a todas motos novas vendidas no Brasil a terem CBS ou ABS, dependendo da cilindrada, até 2019.
Com câmbio automático do tipo CVT, o modelo possui motor de 199,1 cc e 1 cilindro, com injeção eletrônica, que gera 13,86 cavalos de potência a 7.500 rpm e 1,41 kgfm de torque a 6.000 rpm. Os números são bem próximos ao do PCX, que tem motor menor, de 153 cc, e chega a 13,6 cv a 8.500 rpm e 1,42 kgfm a 5.250 rpm. No entanto, a Dafra afirma que a vantagem do motor maior estará nas retomadas.
Ao contrário de outras motos da Dafra, que possuem parceiros específicos, o Cityclass utiliza componentes de diferentes empresas e é produzido pela marca em Manaus. Citycom e Maxsym, por exemplo, são frutos de projetos com a SYM, de Taiwan, enquanto a Riva 150 vem da chinesa Haojue.
“O mercado brasileiro é exigente e trabalhamos para desenvolver um produto que entrega especificações que o público procura”, disse Creso. “Temos muitos componentes da China, mas a parte mais tecnológica, como a injeção eletrônica, e parte do Brasil e parte da Itália”, acrescentou.
De acordo com a marca brasileira, o projeto original é da italiana Garelli, mas passou por um processo de modificações de 22 meses para o mercado brasileiro, com a inserção de 150 melhorias, como os freios CBS, suspensões, painel digital, entrada USB e sensor de inclinação que desliga a moto ao cair.