Em sua primeira participação no evento, Felipe Zanol emplaca o título de melhor das Américas com o décimo lugar entre as motocicletas
Felipe Zanol entrou para a história do Rally Dakar neste domingo, dia 15, ao cruzar a rampa de chegada na Praça de Armas, em Lima, capital do Peru. Em sua primeira participação no maior evento off-road do planeta, o brasileiro foi o melhor piloto das Américas e conquistou um lugar no batalhão de elite das motocicletas, a décima posição na classificação geral. “Terminamos, dever cumprido. É uma satisfação muito grande completar o Dakar e ainda com este resultado excelente”, comemorou o atleta patrocinado pela Rinaldi.
“Quero em primeiro lugar agradecer quem acreditou no projeto. O apoio dos patrocinadores e parceiros foi fundamental para eu ter conseguido este desempenho”, continuou o piloto, que tirou muitas lições no desafio. “O Dakar é algo inimaginável. Por mais preparado que você esteja, a prova impressiona pelas dificuldades. Fica a vontade de querer voltar, e agora com uma noção de planejamento muito maior e a possibilidade de manter e quem sabe ainda evoluir esta posição na classificação geral”, explicou.
O caminho não foi nada fácil até a chegada. Os competidores largaram no dia 1º de janeiro de Mar Del Plata, na Argentina, e seguiram para o Chile até chegar nas trilhas peruanas. O percurso totalizou 7.767 quilômetros para motocicletas, sendo 4.080 km de trechos cronometrados. “O fato de completar a prova muito bem fisicamente e com uma moto impecável me deixa ainda mais feliz”, continuou o primeiro mineiro no Dakar.
Foram 14 dias de prova, sendo que a sexta etapa foi cancelada por conta do mau tempo na Cordilheira dos Andes, na fronteira entre a Argentina e o Chile. “O que mais dificultou para mim foi a falta de experiência, mas fui cada vez mais pegando confiança e aprendendo a navegação da prova. O Rally Dakar faz com que os defeitos e as qualidades dos pilotos apareçam. Senti um apoio muito grande e a felicidade é enorme por ter conseguido representar não apenas Minas Gerais, mas todo o Brasil”, concluiu.